We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Aus​ê​ncia II - Poesia

from Do outro lado do monte by DiscDiz

/
  • Streaming + Download

    Purchasable with gift card

     

about

Excertos de poemas de Luís Vaz de Camões (Soneto CLXXII) e de Edgar Allan Poe (O corvo), traduzido por Machado de Assis

lyrics

O céu, a terra, o vento sossegado;

Um rumor triste

as ondas que se estendem pela areia;

vago, brando

o noturno silêncio repousado…

À hora,
à hora da meia noite que apavora

Ninguém lhe fala. O mar, de longe, bate;

à hora da meia noite que apavora

Move-se brandamente o arvoredo…

acho a noite somente

Leva-lhe o vento a voz,

Somente a noite e nada mais

que ao vento deita.

Viu as lágrimas em fio

Somente a noite

viu as palavras magoadas

nada mais

Na maior pressa de mar, de fogo e de ira,

Comigo levo esta alma, que se obriga,

sonho

a dar-vos memória

sonho

e que suspira

o que nenhum mortal há já sonhado.

Obra do vento e nada mais

O rouco som do mar,

Somente a noite e nada mais

a estranha terra,

O esconder do sol pelos outeiros

Regressa ao temporal

Perder-me assim em vosso esquecimento

Regressa à tua noite

ser por vós perdido

que me amedronta
que me assombra

O céu,

No chão se espraia a triste sombra

a terra,

foi isso apenas

o vento sossegado;

nada mais
as ondas que se estendem pela areia;
somente a noite e nada mais
o noturno silêncio
obra do vento
repousado…
nada mais

credits

from Do outro lado do monte, released November 28, 2019
Voz: Helena Patrício

Poemas:

- Soneto CLXXIII [O Céu, a terra, o vento sossegado] – Luís Vaz de Camões;
- O Corvo – Edgar Allan Poe (tradução de Machado de Assis)

Música:

- Várias combinações do Online Ambient Sound Mixer (Creative Commons Sampling Plus 1.0 License)
- Moonlight Reprise - Kay Engel – Free Music Archive (Attribution-NonCommercial 3.0 International License)

license

all rights reserved

tags

about

DiscDiz Lisbon, Portugal

“Quando eu vir vaguear por dentro da casa
o abeto que cresceu no bosque,
hei-de ajoelhar no soalho.

Se essa figura imponente, a árvore, me reconhecer,
vou interromper o que escrevo,
esperar ansiosa a atracção que a insónia desse vulto
há-de exercer sobre mim.

Sou eu que me vergo ao domínio.
Que me poise a marca incandescente na testa. “

Fiama Hasse Pais Brandão
... more

contact / help

Contact DiscDiz

Streaming and
Download help

Redeem code

Report this track or account

If you like DiscDiz, you may also like: